Atenta nesta paleta de cores
estes sinais de opulência da luz breve
símbolos que acordam a manhã dos nossos olhos
para a flor do sol
que insistem na múltipla transfiguração
das imagens que dão forma às nossas vidas;
repara no preto e no branco
como se a sinfonia dos acasos
não fosse mais que a simetria dos ocasos
como se a sinfonia dos acasos
não fosse mais que a simetria dos ocasos
ou no azul que desfalece
os matizes infindáveis do cinzento
que vai nos olhos, no sangue de cada um
os matizes infindáveis do cinzento
que vai nos olhos, no sangue de cada um
porque é o sol magenta dos alvores matinais
que trai os sonhos da madrugada
a reflexão das cores e do entendimento.
que trai os sonhos da madrugada
a reflexão das cores e do entendimento.
Vê como o verde decai
em tonalidades martirizadas pelo ocre e o amarelo
sustentando a linha melódica dos barros;
em tonalidades martirizadas pelo ocre e o amarelo
sustentando a linha melódica dos barros;
Observa a cor do céu na fria latitude
dos gelos glaciares, na transparência da água dos oceanos
resolvida em anémonas e corais de luz.
dos gelos glaciares, na transparência da água dos oceanos
resolvida em anémonas e corais de luz.
Atenta no rosa dos frutos da primavera
entre as folhas a captar o sol
para a maturidade corrompida pelo granizo
onde a imagem da noite baila
no esmorecimento das cores e a sua ausência
entre as folhas a captar o sol
para a maturidade corrompida pelo granizo
onde a imagem da noite baila
no esmorecimento das cores e a sua ausência
o negro
.....o presente persistindo
.....curvado à sapiência do eterno.
Atenta nas cores
e ouve o timbre os tons da música
capazes de trazer violetas e rosas
ao patamar da euforia
o clímax de licores de carmim e rosa
em púrpura desfeita virgindade
na face da menina
já mulher.
e ouve o timbre os tons da música
capazes de trazer violetas e rosas
ao patamar da euforia
o clímax de licores de carmim e rosa
em púrpura desfeita virgindade
na face da menina
já mulher.
Lê a tua sina em esmeraldas
e em rubis cristalizados
proscritos até ao fim do tempo
ou o ébano das noites frias envenenando
o brilho diáfano de ametistas e turquesas
que resolvem a cinza em azul e oiro
e em rubis cristalizados
proscritos até ao fim do tempo
ou o ébano das noites frias envenenando
o brilho diáfano de ametistas e turquesas
que resolvem a cinza em azul e oiro
e vê como tudo se encaminha para um grande abraço
num arco-íris que vincula a terra à terra
o sangue ao rubro sangue das entranhas dum vulcão
que derrama todas as cores,
os símbolos e os signos
o magma que há de florescer nas sensaçõesnum arco-íris que vincula a terra à terra
o sangue ao rubro sangue das entranhas dum vulcão
que derrama todas as cores,
os símbolos e os signos
a percepção subjectiva
do real.
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